A cada avanço da
tecnologia e dos aparelhos tecnológicos menos é necessário a memória. Em um
dispositivo é possível colocarmos milhões de dados, para que perda tempo
memorizando. Para que memorizar ruas? Use o google maps. Para que decorar
datas? Pergunte a Alexia ou ao google. Para que decorar compromissos? Use
agenda eletrônica e/ou a inteligência artificial. Neste sentido, fazemos
download do saber que deveria ser nosso para um mecanismo tecnológico e isso
resulta em um esvaziamento nos equiparando a uma máquina ou menos importante
que ela. Sem memória somos sujeitos sem história e sem identidade. Logo, tal
contexto cria uma sociedade sem identidade. Perante a este contexto nos
perguntamos: qual nossa função no mundo e na sociedade tecnológica? Ora, um minúsculo
chip cabe milhões de informações e o ser humano a cada dia tem menos
conhecimento. Noutras palavras, enquanto a tecnologia acumula mais informações
em espaços minúsculos – os nano chip – nossa capacidade cognitiva esquece mais
coisas a cada passar de dias. Pensar este contexto é essencial para compreender
o lugar do ser humano no mundo e de como vamos nos relacionar com as máquinas e
as inteligências artificiais.